As empresas de arquitetura relataram uma queda acentuada nos negócios em setembro, indicando que o mercado imobiliário comercial poderia enfrentar ainda mais dificuldades em breve1. O índice AIA/Deltek Architecture Billings, que visa prever a atividade de construção não residencial de nove a doze meses à frente, caiu para 44,8 em setembro, o menor valor desde dezembro de 2020, durante o auge da pandemia. Qualquer pontuação abaixo de 50 indica piora nas condições de negócios1.
O mercado imobiliário comercial foi atingido por um duplo golpe. O retorno ao escritório tem sido lento, afetando tanto os edifícios de escritórios quanto o varejo e os restaurantes que os apoiam. Além disso, um aumento acentuado nas taxas de juros exacerbou o problema, fazendo com que os investimentos e as negociações na maioria dos setores praticamente parassem1. Entre os setores imobiliários, as empresas com foco residencial multifamiliar viram mais declínio. A construção multifamiliar disparou nos últimos anos, com um número recorde de unidades agora inundando o mercado e pressionando os aluguéis1.
Todas as regiões do país estão vendo um declínio, mas o Oeste é o mais profundo, pois o retorno ao escritório lá tem sido mais lento do que em outras áreas1. Analistas, no entanto, alertam que a queda na atividade de apartamentos não é um bom presságio para o futuro. A hesitação entre os clientes em se comprometer com novos projetos resultou em uma queda nos contratos de design recém-assinados. Como resultado, os atrasos nas empresas de arquitetura caíram para uma média de 6,5 meses no terceiro trimestre, o nível mais baixo desde o quarto trimestre de 20211.