Jane Jacobs, uma jornalista e ativista, transformou a maneira como entendemos e planejamos as cidades modernas. Nascida em Scranton, Pensilvânia, em 1916, Jacobs mudou-se para Nova York em 1934, onde começou a desenvolver suas ideias revolucionárias sobre a vida urbana. Seu trabalho mais influente, “The Death and Life of Great American Cities” (1961), desafiou as práticas de planejamento urbano da época, que favoreciam a demolição de bairros antigos para a construção de novos desenvolvimentos habitacionais.
Jacobs acreditava que a vitalidade das cidades residia em sua diversidade e densidade. Ela argumentava que a renovação urbana, que muitas vezes envolvia a destruição de bairros inteiros, não era a solução para os problemas das favelas urbanas. Em vez disso, ela defendia a preservação das características únicas dos bairros, que promoviam uma comunidade autossuficiente e vibrante.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi sua oposição ao projeto da Lower Manhattan Expressway, proposto pelo influente planejador urbano Robert Moses. Este projeto teria cortado o coração de Manhattan, destruindo bairros históricos como SoHo e Little Italy. Jacobs liderou a resistência contra o projeto, organizando protestos e mobilizando a comunidade. Sua determinação resultou no abandono do projeto, preservando a integridade desses bairros.
Além de seu ativismo, Jacobs também foi uma crítica feroz das abordagens modernistas ao planejamento urbano, que priorizavam a ordem e a funcionalidade em detrimento da complexidade e da interação humana. Ela via as cidades como organismos vivos, que prosperavam através da mistura de usos e da interação constante entre seus habitantes.
Jacobs mudou-se para Toronto em 1968, onde continuou a influenciar o planejamento urbano. Ela criticou os planos de “Los Angelizar” Toronto, defendendo uma abordagem mais humana e integrada ao desenvolvimento urbano. Sua visão de cidades como centros de diversidade e inovação continua a influenciar urbanistas e planejadores até hoje.
Jane Jacobs faleceu em 2006, mas seu legado perdura. Suas ideias sobre a importância da diversidade, da densidade e da interação comunitária nas cidades modernas continuam a moldar o pensamento urbano contemporâneo, inspirando novas gerações a lutar por cidades mais humanas e vibrantes.