Claude Cormier, um renomado arquiteto paisagista canadense, faleceu aos 63 anos devido a complicações da síndrome de Li-Fraumeni, uma rara condição genética que predispõe os portadores a múltiplos cânceres12. Conhecido por seu olhar lúdico e inovador, Cormier deixou um legado indelével na arquitetura paisagista do Canadá, desafiando as convenções e trazendo alegria e cor para os espaços públicos24.
Nascido e criado em Montreal, Cormier começou sua carreira no início dos anos 1990 com projetos de instalação de arte paisagística. Ele rapidamente ganhou reputação por seus projetos que incorporavam abstração, narrativa, arte conceitual e o uso ousado de cores. Isso contrastava fortemente com a paleta tradicional de plantas e pavimentação da paisagem4. Ao longo de sua carreira, Cormier projetou alguns dos espaços públicos mais conhecidos e amados de Montreal e Toronto, incluindo o Berczy Park de Toronto, a praça Place d’Youville de Montreal e a praia Clock Tower Beach, famosa por seus guarda-sóis coloridos2.
Cormier também foi responsável por projetos de grande escala, como o Monumento Nacional do Holocausto em Ottawa, que ele projetou em colaboração com Daniel Libeskind. Seus últimos grandes projetos foram um aro de aço suspenso de 30 metros no centro de Montreal, intitulado L’anneau (O Anel), e o Love Park em forma de coração em Toronto – ambos descritos como cartas de amor às suas cidades favoritas2.
Além de seu trabalho, Cormier era conhecido por sua personalidade vibrante e seu amor pela vida. Ele era descrito como audacioso, sincero, disciplinado e capaz de trazer luz e risos para todos e todas as situações que encontrava4. Sua morte foi sentida profundamente por sua família, amigos, colegas e pela comunidade de design em geral. A prefeita de Montreal, Valérie Plante, descreveu Cormier como um “visionário, um construtor e um grande Montrealer”, e sua morte como uma “perda imensa”2.
O trabalho de Cormier não apenas desafiou as convenções da arquitetura paisagista, mas também ajudou a reacender o apreço pela disciplina. Dinu Bumbaru, diretor de políticas do Heritage Montreal, observou que a qualidade poética do trabalho de Cormier ajudou a reacender o apreço pela arquitetura paisagista. “Isso nos lembra que o patrimônio de uma cidade não é apenas sobre o que foi criado no passado, mas também o patrimônio que criamos em nossas próprias gerações”, disse Bumbaru2.
O legado de Cormier perdurará através de seus projetos inovadores e alegres, que continuarão a trazer alegria e beleza para as cidades que ele amava. Ele será lembrado não apenas como um arquiteto paisagista talentoso, mas também como uma força criativa que trouxe cor, alegria e inovação para o campo da arquitetura paisagista.