O despertar do design crítico
Nos anos 90, Anthony Dunne e Fiona Raby, pesquisadores do Royal College of Art, em Londres, usaram o termo “design crítico” para descrever um campo que busca desafiar, em vez de afirmar, a maneira como vivemos atualmente1. Dunne e Raby, que agora dirigem o Designed Realities Lab na New School, em Nova York, observaram que o design radical caiu em desuso após seu auge nos anos 70, com o triunfo do capitalismo de mercado1. No entanto, a crise financeira de 2008, a instabilidade política subsequente e os danos cada vez mais visíveis causados pelas mudanças climáticas reenergizaram o campo1.
Arquitetura e natureza
Pavels Hedström, um jovem arquiteto, acredita que a maioria das arquiteturas nos separa da natureza1. Ele quer tornar a vida não humana inescapável, propondo projetos que integrem a natureza ao ambiente construído1. Práticas como Forensic Architecture, em Londres, Lateral Office, em Toronto, e Formafantasma, em Milão, também estão se afastando das paisagens urbanas tecno-utópicas do passado e explorando novas abordagens para enfrentar os desafios do clima1.
O futuro do design e arquitetura
A crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de soluções sustentáveis estão impulsionando a inovação no campo do design e da arquitetura1. Arquitetos como Pavels Hedström estão na vanguarda dessa mudança, propondo projetos que não apenas desafiam as convenções atuais, mas também buscam soluções para os problemas ambientais que enfrentamos1. À medida que enfrentamos os desafios do apocalipse climático, é provável que vejamos um aumento na demanda por projetos de design e arquitetura que abordem essas questões de maneira eficaz e sustentável1.